quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

TORNAR.

De tão possíveis ser nos tornamos impossíveis. A lembrança agora tão fraca do teu rosto. Mas lembro a noite que me constastes tuas dores, antes de me exilares da mesa do nosso destino. Tu não me vês, mas teu olhar me segue neste lugar que guardei tua maior tristeza. Indizível reduto que há em ti e em mim. Quando sonhares em claro, teus sonhos vão me contar pra ti. O meu tentar ser um único som. Contar o nosso brutal desejo de ser juntos numa luta ou num beijo, como uma descarga de luz. Que eu só vou sentir quando te dissolveres no ar. E eu continuar te buscando com meus olhos de cão, até o pó inútil de mim mesmo. - (Dário B.).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...